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Por Redação, do Um Só Planeta

Às vésperas da Cúpula do G7, que acontecerá de 19 a 21 de maio de 2023, em Hiroshima, no Japão, a ONG britânica Oxfam International lançou um relatório com dados que colocam as nações em saia-justa: os países ricos devem aos mais pobres cerca de US$ 13 trilhões em ajuda para o desenvolvimento, além de apoio na luta contra a mudança climática, diz a instituição.

Criticando o que chama de "duplo padrão mortal", a Oxfam afirma que o G7, em vez de cumprir suas obrigações, exige o pagamento de dívidas de US$ 232 milhões por dia aos países de baixa e média renda. Pelas contas da Oxfam, o G7 é o lar de 1.123 bilionários com uma riqueza combinada de US$ 6,5 trilhões. Sua riqueza cresceu em termos reais em 45% nos últimos dez anos.

“É o mundo rico que deve ao Sul Global. A ajuda que eles prometeram décadas atrás, mas nunca deram. Os enormes custos dos danos climáticos causados ​​pela queima imprudente de combustíveis fósseis. A imensa riqueza construída sobre o colonialismo e a escravidão", destacou em nota o diretor executivo interino da Oxfam International, Amitabh Behar.

A ONG britânica ressalta que o G7 se reúne em um momento em que bilhões de trabalhadores "enfrentam cortes salariais reais e aumentos impossíveis" nos preços de itens básicos como alimentos. A fome global aumentou pelo quinto ano consecutivo, enquanto a riqueza extrema e a pobreza extrema aumentaram simultaneamente pela primeira vez em 25 anos.

Estima-se que o G7 deve aos países de baixa e média renda US$ 8,7 trilhões pelas perdas e danos que suas emissões de CO2, principal contribuinte do aquecimento global, causaram. Após 30 anos de impasse, os países ricos concordaram na COP26, em 2022, em estabelecer um fundo para perdas e danos destinado aos países mais vulneráveis, especialmente no Sul Global. O mecanismo foi oficializado no ano passado, durante a COP27, mas deixa dúvidas sobre como será operacionalizado, quem vai bancar o recurso e exatamente onde será aplicado.

A Oxfam também lembra que em 1970, os países ricos concordaram em fornecer 0,7% de sua renda nacional bruta (RNB) em ajuda para o desenvolvimento de nações mais pobres. Desde então, deixaram de pagar um total de US$ 4,49 trilhões, mais da metade do que foi prometido. Além disso, os governos do G7 falham em cumprir a promessa de de fornecer US$ 100 bilhões por ano de 2020 a 2025 para ajudar os países mais pobres a implementar ações de adaptação e mitigação climática.

Espera-se que os líderes do G7 reafirmem suas metas climáticas durante a cúpula no Japão. A Oxfam também está pedindo aos governos ricos que cancelem a dívida dos países de baixa e média renda, cumpram seus compromissos de ajuda e criem novos impostos para taxar indivíduos e corporações bilionárias.

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